Trabalho e Emprego: o que mudou no FGFS Digital e no regime 6x1?

Se você está ligado nas notícias de trabalho, sabe que todo mês traz novidades que podem impactar a sua vida profissional e o bolso. Hoje vamos explicar, de forma simples, duas mudanças que estão dando o que falar: a atualização do FGTS Digital para quitar empréstimo consignado e o debate intenso sobre o fim do regime de trabalho 6x1.

FGTS Digital agora aceita pagamento de parcelas de empréstimo consignado

Recentemente o governo lançou uma alteração na plataforma FGTS Digital. Além de funcionar como já conhecemos – depósito de fundo e consulta de saldo – agora ela permite gerar a guia que quita parcelas do Programa de Crédito Trabalhista. Isso significa que, se sua empresa utiliza o eSocial, pode incluir a quitação direto na mesma planilha de pagamento que já costuma usar.

Quem pode usar? A maioria das empresas, exceto domésticos, MEIs e segurados especiais, que têm um caminho diferente. O prazo de pagamento segue a regra padrão do FGTS: até o dia 20 do mês seguinte. Na prática, se a sua empresa ainda não atualizou o módulo de Gestão de Guias, vale a pena conversar com o RH ou o contador para ativar essa funcionalidade.

Para quem tem empréstimo consignado, a vantagem é clara: menos burocracia e menos chance de perder a data de pagamento. Em vez de gerar duas guias diferentes, tudo fica concentrado no mesmo sistema que já controla o FGTS. Resultado: menos dor de cabeça e mais segurança.

Fim do regime 6x1: por que o assunto está pegando fogo?

O regime de trabalho 6x1 – seis dias de trabalho seguidos e um dia de folga – vem sendo alvo de críticas há anos. Agora, a deputada Erika Hilton lançou uma PEC para acabar com essa prática. O movimento ganhou força, especialmente com o grupo Vida Além do Trabalho, que já tem mais de 1,3 milhão de assinaturas.

Os defensores do fim do 6x1 argumentam que trabalhar seis dias seguidos é desumano e prejudica a saúde física e mental dos trabalhadores. Eles apontam para estudos que mostram aumento de absenteísmo e queda na produtividade quando o descanso semanal é insuficiente.

Por outro lado, parte dos setores produtivos teme que a mudança reduza vagas. A lógica é simples: se a empresa precisar contratar mais funcionários para cobrir a escala de 5x2, o custo de mão‑de‑obra pode subir. Alguns analistas apontam que a solução passa por tecnologia e organização de turnos, não por ampliar a força de trabalho.

Enquanto o Congresso debate, cabe a você ficar atento às discussões. Se a PEC for aprovada, haverá um período de transição que pode mudar a forma como seu contrato é estruturado. Vale conversar com o sindicato ou o RH para entender como isso pode afetar seu salário, benefícios e dias de folga.

Em resumo, duas frentes que mexem direto no dia a dia do trabalhador: o FGTS Digital facilitando o pagamento de empréstimos e a batalha pela redução da carga semanal de trabalho. Fique de olho nas próximas notícias, porque essas mudanças podem chegar rápido e já impactar a sua rotina.