Se você já ouviu falar em empréstimo consignado mas ainda tem dúvidas, está no lugar certo. Esse tipo de crédito costuma aparecer em conversas de amigos, familiares e até em anúncios de bancos. Vamos explicar de forma simples o que ele faz, quem pode usar e quais são os pontos de atenção.
Basicamente, o empréstimo consignado retira o valor das parcelas diretamente da sua folha de pagamento ou benefício do INSS. Isso significa que o pagamento é automático, o que diminui o risco de atraso e, por isso, as taxas de juros costumam ser menores que as de um crédito pessoal comum.
Para contratar, você precisa ter um vínculo formal de trabalho ou ser beneficiário do INSS. O banco ou a financeira faz uma análise de crédito, mas ela é mais leve porque a garantia de pagamento já está na hora da consignação.
O valor máximo que pode ser liberado varia entre 30% e 35% do seu salário ou benefício. Essa regra protege tanto o cliente quanto a instituição, evitando que o comprometimento fique acima do recomendado.
Uma das maiores vantagens é a taxa de juros mais baixa. Como o pagamento já está garantido, as instituições não precisam cobrar tanto para cobrir riscos. Além disso, o processo costuma ser rápido – às vezes, o dinheiro entra na conta em poucos dias.
Mas atenção: o crédito consignado tem prazos que podem chegar a até 96 meses. Quanto maior o prazo, maior o total pago em juros. Por isso, faça contas antes de fechar o contrato. Use uma calculadora online para comparar o valor das parcelas e o custo total.
Outro ponto importante é ficar de olho nas taxas administrativas e nos seguros obrigatórios. Alguns bancos incluem custos que podem parecer pequenos, mas que, somados, reduzem a economia que a taxa baixa trouxe.
Antes de assinar, verifique se o contrato permite a portabilidade. Caso encontre condições melhores em outra instituição, a portabilidade permite transferir o empréstimo sem pagar multa, desde que você cumpra as regras.
Se você está pensando em usar o consignado para quitar outras dívidas, faça um plano: some todas as suas obrigações, calcule quanto vai pagar mensalmente e veja se o valor cabe no seu orçamento. O objetivo é simplificar, não criar uma bola de neve.
Para quem recebe benefício do INSS, o empréstimo consignado pode ser uma forma de obter crédito com juros menores que o cartão de crédito. Mas lembre-se de que o desconto ocorre antes mesmo de você receber o benefício, reduzindo o valor disponível para despesas do dia a dia.
Outra dica prática: antes de fechar, pegue duas ou três propostas e compare a TAE (Taxa Anual Efetiva). Essa taxa já inclui juros, seguros e custos administrativos, dando uma visão mais clara do que você realmente pagará.
Por fim, mantenha o controle financeiro. Anote o valor da parcela, a data de vencimento e a instituição que recebeu o empréstimo. Assim, você evita surpresas na hora de pagar o próximo salário.
Resumindo, o empréstimo consignado pode ser uma ferramenta útil se usado com responsabilidade. Analise as condições, compare propostas e tenha certeza de que a parcela cabe no seu orçamento. Assim, você aproveita a taxa mais baixa sem comprometer a saúde financeira.
O FGTS Digital foi atualizado para incluir a quitação de parcelas de empréstimo consignado do Programa de Crédito Trabalhista. A mudança segue a Medida Provisória 1.292/2025 e altera a forma como empregadores geram os guias de pagamento. A maioria das empresas pode usar o módulo de Gestão de Guias, exceto domésticos, MEIs e segurados especiais, que têm um caminho diferente. O prazo segue o mesmo do FGTS, até o dia 20 do mês seguinte.