Sequestro é um crime que gera medo e insegurança, mas conhecer os detalhes ajuda a reduzir o risco. Aqui explicamos o que caracteriza o sequestro, trazemos alguns casos recentes e damos dicas práticas para se proteger e agir caso seja vítima.
O Código Penal brasileiro classifica o sequestro como "recurso à violência ou grave ameaça para constranger alguém a fazer ou deixar de fazer algo". A pena base vai de 4 a 12 anos de prisão, e pode ser aumentada se houver exigência de resgate ou se a vítima for menor de idade.
Além da pena de prisão, o juiz pode determinar a perda de bens e a obrigação de indenizar a vítima. Essas regras servem para desestimular o crime, mas a prevenção ainda é o melhor caminho.
Nos últimos dois anos, o Brasil registrou alguns sequestros de alto impacto. Em 2023, um grupo armado raptou duas adolescentes em Goiânia e exigiu dinheiro dos pais. O caso acabou em negociação, mas as vítimas ficaram traumatizadas.
Outro caso notório aconteceu em São Paulo em 2024, quando um empresário foi sequestrado dentro de seu próprio condomínio. A polícia prendeu os sequestradores em menos de 48 horas graças a rastreamento de telefone.
Esses episódios mostram que o sequestro pode acontecer tanto em áreas urbanas quanto em cidades do interior, e que as motivações variam entre dinheiro, vingança e tráfico de pessoas.
1. Evite rotinas previsíveis. Troque os horários e rotas de deslocamento sempre que possível.
2. Use aplicativos de localização. Compartilhe sua rota em tempo real com alguém de confiança.
3. Esteja atento ao ambiente. Se perceber comportamento suspeito, siga para um local seguro e avise a polícia.
4. Não carregue grandes quantias de dinheiro. Se precisar de dinheiro, use transferências digitais ou cartões.
5. Alimente um canal de comunicação familiar. Mantenha contato regular, especialmente ao viajar para outras cidades.
Se você for sequestrado, a prioridade é manter a calma e coletar o máximo de informações possíveis sem colocar a vida em risco. Observe detalhes da roupa dos sequestradores, o veículo usado e quaisquer marcos que possam ajudar a polícia.
Quando houver oportunidade, tente registrar áudio ou vídeo discretamente. Se estiver em contato com os sequestradores, siga as instruções e evite confrontos.
Assim que for livre, procure a delegacia mais próxima, forneça todas as informações e peça apoio psicológico. O acompanhamento psicológico é fundamental para lidar com o trauma.
Além da polícia, organizações como o Disque 180 (violência contra a mulher) e o Disque 100 (direitos humanos) oferecem suporte. Para famílias, o Ministério da Justiça tem linhas de apoio à vítima e orientação legal.
Se você suspeita de um caso de sequestro em andamento, ligue imediatamente para o número 190 e dê o máximo de detalhes. Cada segundo conta.
Ficar informado, mudar hábitos e ter um plano de ação são as melhores defesas contra o sequestro. Compartilhe este guia com amigos e familiares para que todos estejam preparados.
A médica Claudia Soares Alves pode enfrentar até 8 anos de prisão por sequestro qualificado após retirar uma recém-nascida do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU). A ação que levou à prisão da médica envolveu uma investigação conjunta entre polícias civis de Minas Gerais e Goiás. Claudia, professora da UFU, alegou ter usado medicação e experimentado um surto psicótico antes do incidente.