Racismo no Brasil: o que está acontecendo e como agir

O racismo ainda é uma realidade que aparece nos noticiários, nas redes e no dia a dia das pessoas. Não é só história, são notícias atuais que mostram como a desigualdade racial continua presente em diferentes áreas, da televisão ao esporte.

Por que o racismo ainda persiste?

Um exemplo recente vem do veterano Tony Tornado, que aos 94 anos denunciou a falta de oportunidades para atores negros na TV. Em entrevista ao Fantástico, ele lembrou sua própria trajetória e apontou que, mesmo depois de décadas, o acesso a papéis de destaque ainda é muito limitado para profissionais pretos.

Dados do IBGE revelam que negros ainda ganham, em média, 30% a menos que brancos e ocupam menos cargos de liderança. Essa disparidade se reflete nas manchetes de notícias, nas vagas de emprego e até nas transmissões esportivas, onde atletas negros recebem menos cobertura.

Na mídia, a subrepresentação cria um ciclo: pouca visibilidade gera menos modelos a seguir, o que diminui a autoestima de jovens pretos. Isso alimenta estereótipos que reforçam o preconceito e dificultam a mudança de comportamento.

O esporte também mostra a face do racismo. Jogadores de futebol e tenistas negros enfrentam comentários ofensivos nas redes sociais e, muitas vezes, recebem punições menos severas que seus colegas brancos em casos de infrações semelhantes.

O que cada pessoa pode fazer?

Combater o racismo começa com atitudes simples: questionar piadas que reforçam estereótipos, apoiar artistas e empreendedores negros e exigir diversidade nas empresas onde trabalha.

Na internet, bloquear e denunciar discurso de ódio ajuda a reduzir o alcance de mensagens racistas. Compartilhar notícias que dão voz a comunidades marginalizadas também amplia a discussão.

Participar de projetos comunitários ou grupos que promovem a igualdade racial pode transformar a realidade local. Voluntários, doadores ou quem simplesmente ouve e aprende são peças fundamentais.

Por fim, acompanhar a legislação – como a Lei da Igualdade Racial e as políticas de cotas – e cobrar sua aplicação efetiva mantém o governo responsável por criar ambientes mais justos.

O caminho para acabar com o racismo não é rápido, mas cada ação soma. Quando você denuncia, apoia e educa, contribui para um Brasil onde a cor da pele não define oportunidades.