jul, 26 2024
Uma Vida Dedicada ao Carnaval
Em 25 de julho de 2024, o Carnaval do Rio de Janeiro perdeu uma de suas figuras mais icônicas: Rosa Magalhães. Aos 77 anos, a carnavalesca faleceu devido a um infarto, deixando uma lacuna irreparável na história da festa mais popular do Brasil. Magalhães teve uma carreira brilhante que se estendeu por cinco décadas, durante as quais acumulou nada menos do que sete títulos no competitivo Grupo Especial de Escolas de Samba do Rio.
Conhecida por seu olhar artístico e uma criatividade sem igual, Rosa Magalhães revolucionou o Carnaval carioca. Seus desfiles eram aguardados com ansiedade ano após ano, não só pela beleza estética e grandiosidade, mas também pelo conjunto de histórias e sentimentos que conseguiam transmitir. Ela não via as escolas de samba apenas como agremiações; para ela, eram grandes plataformas de manifestação cultural e social.
Início da Carreira
Rosa Magalhães iniciou sua carreira no Carnaval sob a orientação de outra lenda viva do samba: Joãosinho Trinta. Sua primeira grande vitória veio em 1982, com o inesquecível desfile “Bumbum Paticumbum Prugurundum” da escola Caprichosos de Pilares. Desde então, ela acumulou marcos atrás de marcos, ganhando admiração pelo seu talento em contar histórias através dos carros alegóricos, fantasias e coreografias.
O seu trabalho não era somente um reflexo de sua singularidade criativa, mas também de um profundo conhecimento histórico e cultural. Ela sempre inseria elementos de pesquisas detalhadas em suas criações, enriquecendo o enredo com informações que contribuíam para a educação e consciência cultural dos espectadores.
Estilo Único e Reconhecimento
Um dos traços mais marcantes de Rosa Magalhães era sua participação disfarçada nos desfiles que ela criava. Tornou-se uma divertida tradição para os fãs tentar identificá-la em meio ao colorido e à agitação do Sambódromo. Era um jogo que ela fazia questão de manter, tornando suas aparições ainda mais especiais e gerando grande expectativa entre os foliões.
Magalhães também era conhecida por sua capacidade de inovar e se reinventar a cada desfile, mantendo sempre uma forte conexão com as raízes culturais brasileiras. Seu legado inclui momentos inesquecíveis, como o histórico enredo
Rodrigo Carvalho Brito
julho 27, 2024 AT 18:28Rosa Magalhães foi muito mais que uma carnavalesca. Ela transformou o samba em poesia andante, em história viva que a gente sente no peito. Cada carro alegórico era um capítulo de um livro que a gente não queria acabar. Ela sabia que o Carnaval não é só cor e som, é memória, resistência, identidade. E isso ela colocava em cada detalhe, até no jeito que a gente via ela escondida entre os figurantes, sorrindo como se fosse a única pessoa no mundo que entendia o peso daquilo tudo.
Quando ela falava sobre o enredo, não era só técnica - era espiritualidade. Ela nos ensinou que cultura não se compra, se vive. E que o verdadeiro legado não é o título, mas o que fica no coração de quem assiste.
Hoje, o Sambódromo tá mais vazio. Mas ela ainda tá lá. Em cada batida de surdo, em cada plumagem que cai como folha de outono. Ela não morreu. Ela virou samba.
Elaine Soares
julho 29, 2024 AT 05:35Rosa foi a única que entendeu que o Carnaval não é um espetáculo de entretenimento é um ato político de reafirmação identitária e que a maioria das escolas hoje só copiam fórmulas vazias sem o mínimo de pesquisa antropológica e que ela era a única que lia livros de Gilberto Freyre antes de começar a projetar e que o que se vê hoje é uma mercantilização absurda da cultura popular que ela combateu com unhas e dentes e que os novos carnavalescos nem sabem quem foi Joãosinho Trinta e acham que o samba é só batucada e glitter e que isso é uma vergonha e que o Brasil perdeu sua alma e ela era a última guardiã e que agora tudo vai virar show de TV e que o povo não vai mais sentir nada porque não tem mais alma nas fantasias e que ela era a única que colocava a história do quilombo no enredo e não só o nome do samba na placa e que isso é triste e que eu chorei porque ela foi a única que fez o Carnaval ser mais que um desfile
Marcela S.
julho 30, 2024 AT 22:37Eu nunca esqueço o desfile dela em 2003, com o tema da escravidão e aquela árvore que parecia viva... 🌳😭
Quando ela apareceu no meio do desfile com um lenço na cabeça, todo mundo gritou. Foi mágico.
Tem gente que acha que Carnaval é só bloco de rua, mas ela mostrou que pode ser arte pura. ❤️
Regina Schechtmann
julho 31, 2024 AT 04:31Essa história toda é bonitinha, mas a verdade é que só virou lenda porque o jornalismo brasileiro adora inventar santos. Ela era boa, claro, mas não era a única. Tem outras carnavalescas que nem são citadas porque não tinham o 'perfil midiático' certo. E ainda por cima, ela se escondia nos desfiles? Sério? Isso não é humildade, é teatralização. Tudo vira show, até a dor.
Raffi Garboushian
agosto 1, 2024 AT 18:56Se tem uma coisa que Rosa ensinou, é que a gente pode criar com o coração e ainda assim tocar milhões. Ela não precisava de aplauso, só de ver o povo se emocionar. E isso é raro.
Quem quer seguir o caminho dela? Estude história, vá nas comunidades, ouça os mais velhos, não copie o que tá na TV. Ela fez isso. E foi por isso que durou 50 anos.
Não chore por ela. Aprenda com ela.
Larissa Duarte
agosto 2, 2024 AT 14:18Meu avô falava que o Carnaval dele era com Rosa. Agora eu levo meus filhos pra ver os desfiles só pra eles sentirem o que ela deixou. Ela era a alma da gente.
Blenda vasconcelos
agosto 4, 2024 AT 03:28ela não morreu ela virou samba
o sambódromo tá calado mas o coração dela tá batendo em cada tambor
Tássia Jaeger
agosto 4, 2024 AT 23:26sera q ela era tao boa assim? eu acho q todo mundo exagera nisso, tipo a gente ta fazendo uma coroacao de santa e nao e nem tao assim, ela era uma profissional, tudo bem, mas nao e a unica que fez coisa boa no carnaval, tipo da pra ver q o povo ta querendo criar um mito so pq ela morreu e agora ta tudo mais triste