
Derrota no clássico coloca Filipe Luís no centro das atenções
Parece que o momento de paz no Flamengo acabou mais cedo do que o esperado. Filipe Luís, que chegou como grande aposta ao assumir o comando técnico em setembro de 2024, agora sente a pressão que acompanha qualquer treinador de um clube gigante. Tudo mudou rapidamente após uma sequência admirável de 24 vitórias seguidas e três troféus importantíssimos: Copa do Brasil, Supercopa e Campeonato Carioca.
Mas bastou o Flamengo tropeçar feio diante do rival Fluminense — com um 2 a 0 seco — para o ambiente ferver. A defesa, antes tão sólida, mostrou falhas inesperadas. O sistema parecia exposto, e nomes de peso como Gabriel Barbosa, o Gabigol, passaram praticamente despercebidos em campo. Um prato cheio para críticas e debates inflamados, tanto na imprensa quanto nas redes sociais, onde a opinião do torcedor pesa — e muito — na rotina do clube.

Gestão banca Filipe Luís e tenta segurar especulações
Mesmo com o clima de cobrança, a diretoria do Flamengo se mexeu rápido. José Boto, o diretor esportivo, fez questão de aparecer diante dos microfones e endossar o trabalho do treinador. Ele não só defendeu a permanência de Filipe como reforçou o projeto de apostar em nomes nacionais — uma clara resposta ao sucesso recente de técnicos estrangeiros no Brasil.
Boto chega até a citar Filipe Luís como uma peça fundamental para o futuro do time, independentemente dos resultados imediatos. O objetivo parece ser dar respaldo ao treinador, evitando a típica dança das cadeiras que atormenta tantos clubes brasileiros. O discurso oficial é de confiança total, mesmo com alguns burburinhos vindos dos bastidores.
O próprio Filipe, por sua vez, não se esconde. Tem mostrado pulso firme ao substituir até os principais nomes quando julga necessário. Ele mudou peças durante jogos importantes, mostrando que não é refém de medalhões e procura alternativas tanto para recuperar a segurança defensiva quanto para dar nova vida ao ataque. Esse tipo de liderança tem sido sinalizado como um sinal de maturidade na nova geração de treinadores.
Mas, fiel à tradição do futebol brasileiro, rumores não deram trégua. Com a seleção nacional enfrentando maus bocados nas Eliminatórias — estacionada apenas na quarta colocação da América do Sul —, muita gente já especula uma troca de comando. Alguns jornalistas e influenciadores enxergam Filipe Luís como possível sucessor de Dorival Júnior, alimentando especulações e pressionando ainda mais o comandante do Flamengo.
No momento, porém, o técnico parece focado em resolver os próprios desafios. Estabilizar o futebol do time, recuperar atletas em baixa e evitar que as derrotas virem tempestades. O apoio institucional pesa, mas a resposta dentro de campo é o que vai definir até onde ele aguenta o rojão no Ninho do Urubu. Enquanto isso, a torcida observa — entre cobranças e esperança — as próximas decisões desse novo ciclo vermelho e preto.