nov, 7 2025
O Cypress Hill, uma das bandas mais influentes da história do hip-hop, acaba de confirmar uma passagem histórica pelo Brasil em 2026. Além de sua já anunciada apresentação no Lollapalooza BrasilAutódromo de Interlagos, o grupo trará três shows exclusivos em cidades diferentes — Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro — fechando um calendário que promete ser um dos mais aguardados da música nacional no próximo ano. O anúncio, feito em 20 de outubro de 2025, veio com um timing perfeito: o grupo está em plena onda de renascimento cultural, após o sucesso do concerto sinfônico em Londres e o lançamento da novela gráfica Black Sunday.
Quatro shows, quatro cidades, uma única legião de fãs
Os fãs brasileiros terão chance de ver o trio original — B-Real, Sen Dog e DJ Muggs — em quatro ocasiões distintas. O primeiro show será em Porto Alegre, na KTO Arena, em 17 de março. Dois dias depois, em Curitiba, a Live Curitiba receberá a banda no dia 19. Já no dia 22, o Vivo Rio será palco da única apresentação no Rio de Janeiro. E, entre eles, o grande momento: o Lollapalooza Brasil, em São Paulo, no dia 21 de março, no Autódromo de Interlagos.
Os ingressos para os shows individuais começaram a ser vendidos na terça-feira, 21 de outubro, às 10h (horário de Brasília), exclusivamente pelo site da Ticketmaster Brasil. Nas bilheterias físicas, a venda só abre às 11h. E tem uma boa: parcelamento em até 3x sem juros. O que é raro em shows de grandes bandas internacionais, especialmente com esse nível de demanda. A organização é da Live Nation Brasil, que já tem experiência consolidada com eventos de grande escala no país.
Uma trajetória que virou lenda — e ainda está em alta
Formado em Los Angeles, o Cypress Hill pegou o nome da banda em homenagem a uma rua da cidade, onde os membros costumavam se reunir. Sua estreia, em 1991, com o álbum homônimo, foi um marco: o primeiro disco de hip-hop a atingir o topo das paradas nos EUA sem apoio de uma grande gravadora. Mas foi em 1993, com Black Sunday, que a banda entrou para o panteão. O álbum vendeu mais de 1 milhão de cópias nos EUA em poucos meses e ainda hoje é considerado um dos mais importantes da história do gênero.
Quase 30 anos depois, o grupo não apenas sobreviveu — reinventou-se. Em 2024, realizaram uma performance inédita no Royal Albert Hall, em Londres, com a Orquestra Sinfônica de Londres, reinterpretando Black Sunday inteiro. O concerto foi filmado e lançado como filme-concerto em mais de 500 cinemas dos EUA e Canadá entre março e abril de 2024. Depois, em 6 de junho, saiu o álbum ao vivo — e aí veio a surpresa: a versão sinfônica vendeu mais que o original em algumas plataformas digitais. Isso mesmo: uma banda de rap dos anos 90, com guitarras distorcidas e beats pesados, virou sinfonia. E funcionou. Perfeitamente.
Combinado com isso, a parceria com a editora Z2 Comics para a novela gráfica Cypress Hill: Black Sunday trouxe uma nova geração de fãs. Jovens que nunca tinham ouvido Insane in the Brain agora conhecem a história do grupo por quadrinhos. É um fenômeno raro: o hip-hop virando literatura visual e música sinfônica ao mesmo tempo.
Por que isso importa para o Brasil?
Porque o Cypress Hill não é só um grupo. É um símbolo. Um símbolo de resistência, de identidade, de cultura que transcende fronteiras. E agora, eles estão escolhendo o Brasil como um dos poucos países do mundo a receber quatro apresentações em um único tour. Isso não é acaso. O país tem uma das maiores comunidades de fãs de hip-hop da América Latina — e a cena brasileira foi fundamental para a popularização do grupo aqui nos anos 90 e 2000.
Além disso, o fato de a banda ter escolhido cidades como Porto Alegre e Curitiba — fora do eixo tradicional Rio-São Paulo — mostra um novo padrão: o mercado musical brasileiro está maduro o suficiente para sustentar turnês de elite em múltiplas regiões. Isso é um sinal de que o país não é mais só um ponto de passagem para artistas internacionais. É um destino.
Como foi possível essa volta tão forte?
Os membros do Cypress Hill nunca pararam. B-Real lançou álbuns solo, fez colaborações com metal e eletrônica, e até participou de reality shows. DJ Muggs produziu para artistas de todos os gêneros, de rap a rock. Sen Dog manteve a voz viva nas ruas e nos festivais. E juntos, continuam a criar. Em 2022, lançaram Law of the Jungle, seu primeiro álbum em sete anos — e foi o melhor avaliado pela crítica em mais de uma década.
Curiosamente, o encontro com a orquestra sinfônica foi algo que eles já haviam previsto — em um episódio dos Simpsons. Em 2001, no episódio “The Last Temptation of Homer”, o grupo aparece em um sonho de Homer, tocando Black Sunday com uma orquestra. Na época, foi só uma piada. Hoje, virou realidade. E o melhor: os fãs perceberam. E aplaudiram.
O que vem depois?
Fontes próximas ao grupo indicam que uma turnê europeia já está sendo planejada para o segundo semestre de 2026, com possíveis escalas em Portugal e Espanha. Há também rumores de um novo álbum, com produção de DJ Muggs e colaborações inesperadas — algo que pode incluir artistas brasileiros. Se isso acontecer, será histórico: o primeiro disco de hip-hop global com participação de rappers do Brasil.
Enquanto isso, os ingressos para os shows no Brasil estão esgotando rápido. Em menos de 48 horas, mais de 70% dos ingressos de Porto Alegre e Curitiba já foram vendidos. No Rio, a demanda foi tão alta que a bilheteria do Vivo Rio está considerando aumentar a capacidade do palco. E em São Paulo? O Lollapalooza já confirmou que o set do Cypress Hill será um dos mais longos da edição — quase uma hora e meia de música.
Frequently Asked Questions
Como comprar ingressos para os shows do Cypress Hill no Brasil?
Os ingressos estão disponíveis exclusivamente no site da Ticketmaster Brasil (www.ticketmaster.com.br), com venda iniciada em 21 de outubro de 2025 às 10h (horário de Brasília). Também há venda presencial nas bilheterias oficiais, a partir das 11h. Todos os shows permitem parcelamento em até 3x sem juros, mas os ingressos estão sendo vendidos rapidamente — especialmente em Porto Alegre e Curitiba.
Por que o Cypress Hill está tão relevante depois de 30 anos?
Porque o grupo nunca se prendeu a um só estilo. Desde o hip-hop de Los Angeles nos anos 90 até a fusão com orquestras sinfônicas em 2024, eles reinventaram sua sonoridade sem perder a essência. Além disso, a cultura pop os adotou: a novela gráfica, os episódios dos Simpsons e as colaborações com artistas de outros gêneros mantiveram sua imagem viva para novas gerações.
O que torna o show no Royal Albert Hall tão especial?
Foi a primeira vez que um álbum de hip-hop foi executado inteiro por uma orquestra sinfônica de 70 músicos. O concerto, filmado e lançado em cinemas em 2024, mostrou que o rap pode ser tão épico quanto a música clássica. O álbum ao vivo lançado em junho de 2024 vendeu mais que o original em plataformas digitais em alguns países — um feito sem precedentes.
O Cypress Hill já se apresentou no Brasil antes?
Sim, mas nunca com essa escala. A banda veio em 2007, 2011 e 2017, sempre em festivais menores ou em shows únicos em São Paulo. Em 2026, será a primeira vez que o grupo fará quatro apresentações em quatro cidades diferentes em um único tour, além de participar do Lollapalooza. É um marco histórico para o hip-hop brasileiro.