
Bahia faz valer o mando de campo e vence por placar mínimo
Quem esperava uma partida qualquer na Arena Fonte Nova, em Salvador, acabou presenciando mais um episódio de domínio do Bahia jogando em casa. O placar de 1 a 0 diante do Botafogo, em duelo válido pela série A do Brasileirão em 3 de maio de 2025, não traduziu exatamente o que foi a intensidade de um jogo marcado por muita disputa, ajustes táticos e os visitantes tentando, sem sucesso, resolver seus problemas longe do Rio de Janeiro.
Desde o início, o Bahia mostrou que não venceria apenas jogando atrás. Mesmo sem ter maior posse de bola, conseguiu transformar as chances que teve — e foi por aí que saiu o único gol da partida. O goleiro do Botafogo foi figura importante e impediu um resultado mais largo, mas o setor defensivo do tricolor baiano é que chamou mesmo a atenção: compacto, firme e decisivo para segurar a vantagem até o apito final.
O Botafogo veio pressionado não apenas pelo retrospecto recente, mas também pelo histórico do confronto. Em 26 partidas entre as equipes, os baianos somam 12 vitórias, agora uma a mais que no último encontro — uma vitória que reforça uma estatística que já era favorável. Para os cariocas, saltam apenas 8 triunfos, além de empates e aquela partida sonolenta em agosto de 2024, quando ninguém conseguiu balançar as redes.
Tática, histórico e clima de decisão
Um detalhe curioso que sempre aparece quando Bahia e Botafogo se enfrentam é a média de gols: 2,54 por jogo, o que geralmente garante emoção no placar. Mas dessa vez, a garra defensiva foi mais forte e os goleiros trabalharam mais que os atacantes. Os dados das últimas partidas mostram o equilíbrio da rivalidade, inclusive na distribuição dos gols entre os tempos, algo que costuma dar trabalho para quem faz prognósticos.
No quesito tático, o Bahia se beneficiou muito do entrosamento do seu sistema defensivo. Os visitantes até tentaram surpreender, apostando na velocidade dos pontas, mas esbarraram em uma linha de zaga bem plantada e atentos à cobertura. Mérito também do treinador do Bahia, que leu bem os espaços e não hesitou em reforçar o meio-campo quando foi necessário segurar o resultado.
Pelo Botafogo, ficou claro que a irregularidade fora de casa segue sendo um carma. Os números do último encontro mostram até um destaque curioso: o time carioca conseguiu mais escanteios (7 contra 4 do Bahia) e teve ligeira superioridade na posse de bola, mas faltou aquela precisão na finalização e, principalmente, inspiração para furar o bloqueio baiano.
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Enquanto isso, lá fora, quem quis acompanhar o duelo teve que buscar alternativas: apesar da transmissão internacional garantida pela ESPN para públicos da Austrália e Reino Unido, os detalhes de onde ver o jogo no Brasil pareceram perdidos no emaranhado de pacotes de TV e streaming. Para muitos torcedores, coube recorrer à internet em busca de rádios ou resenhas ao vivo para saber quem se dava melhor a cada disputa.
E a Fonte Nova? Segue mostrando por que é um desafiante para qualquer adversário. O Bahia faz a lição de casa, empilha pontos sob seus domínios e faz a torcida sonhar com voos mais altos no campeonato. Já para o Botafogo, sobrou a certeza de que o problema das viagens vai muito além do aeroporto: está mesmo nos detalhes de campo, onde não tem dado nada certo em 2025.